Cerca de 36 milhões de pessoas, homens, mulheres e crianças, são vítimas
da escravidão no mundo, e mais da metade delas se encontram em cinco
países, Índia, China, Paquistão, Uzbequistão e Rússia, denunciou nesta
segunda-feira (17) a ONG Foundation Walk Free.
Segundo a investigação conduzida pela organização de defesa dos
direitos humanos, "a escravidão moderna está presente nos 167 países em
que foi feito o estudo", e abrange tráfico humano, exploração sexual,
trabalho forçado, servidão por dívida ou casamento forçado.
A organização calcula em 35,8 milhões o número de pessoas escravizadas,
uma alta de 20% em relação a 2013, apesar desta projeção não ser
atribuída a um aumento real dos casos e sim a uma metodologia mais
apurada.
Ásia e África são os continentes em que os escravos são mais numerosos.
Cinco países concentram 61% das pessoas escravizadas: Índia, onde
existem todas as forças de escravidão moderna, encabeça a lista, com
14,3 milhões de vítimas, na frente da China (3,2 milhões), Paquistão
(2,1 milhões), Uzbequistão (1,2 mihão) e Rússia (1,1 milhão).
Em seguida estão Nigéria, a República Democrática do Congo, Indonésia, Bangladesh e Tailândia.
Em termos de porcentagem de população submetida à escravidão, a
Mauritânia registra a maior proporção (4%), seguida do Uzbequistão
(3,97%), Haiti, Catar, Índia e Paquistão.
Os países mais exemplares são a Islândia e Luxemburgo, com apenas 100 vítimas cada um.
Apesar de a Europa ter a menor porcentagem de pessoas escravizadas
(1,6%), em seu território há 566.200 vítimas submetidas à exploração
sexual ou econômica.
O relatório assinala os esforços dos países para lutar contra os tipos de escravidão moderna.
Com exceção da Coreia do Norte, todos os envolvidos na investigação
adotaram leis para criminalizar certas formas de escravidão moderna.
O documento acrescenta, no entanto, que apenas três governos - Estados
Unidos, Brasil e Austrália - aplicaram medidas para impedir o regime
análogo à escravidão e a escravidão indireta de empresas que trabalham
em seu território.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2014/11/17/quase-36-milhoes-de-pessoas-em-condicoes-de-escravidao-no-mundo.htm
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